terça-feira, 19 de junho de 2007

IST

Antes por amor, agora por estupidez, veio o Renato parar ao IST. O curso de química (LQ) parecera o melhor posto para alimentar uma obcessão já resolvida.

Novos mundos se abriram, novas pessoas se conheceram. O entusiasmo e encanto taparam o que de podre havia nas pessoas. Relacionei-me com todos, por bem. Decidido a não cometer os mesmos erros do passado, resolvi dar-me de uma forma diferente aos meus novos contactos e companheiros. Assim aconteceu. A aura de mistério criou-se. Cedo reparei que tudo servia para o cochicho. Os (epecialmente AS) colegas com quem me dava e relacionava, numa relação completamente inocente, cedo começaram a trair a confiança. O meu único semestre de sucesso foi logo o 1º. Cedo se decidiu atribuir o facto não ao estudo, nem nada que lhe valhe, mas sim à retenção de apontamentos. O Renato não estudou (não estuda, é verdade, lol), tem os apontamentos todos em casa e não dá nada a ninguém. Tive logo a noção que algo se passava e, se estava ali a cumprir uma missão,que era tudo menos tirar um curso de química, mais valia deixar que os fantasmas se apoderassem da minha consciência e deixar-me levar.
Nem a minha intimidade escapava aos comentários e cochichos alheios. Um telefonema com alguém a gritar "MAS QUEM É A CATARINA?!" veio, porventura, acalmar muita da curiosidade que, sempre discreta, me incomodava. Nem a minha intimidade estava, e está, a salvo!
Foi aí que percebi que o mundo em que estava não era de confiança. Desde pessoas que iam para casa com o dever de calcular forças iónicas e no dia seguinte vinham "ICHH É MTA COMPLICADO, N SEI FAZER!", a pessoas que só lhes falta pedir para limparem o cu, há um grande leque de maldade e desrespeito que mora na dita LQ.
O meu curso fechou vagas e ainda bem. São as pessoas que fazem um curso e eu, entre mais uns quantos, contribuímos para o seu fecho. Somos um pobre bando de alunuzecos que têm a mania que são grandes (inclusivé eu, mas não para a química, óbvio). Uns mais pobres que outros, claro. No terceiro ano há gente que não sabe calcular moles de 2 mL de uma solução de ácido sulfúrico a 8 M, e vem pedir para que lhes façam as contas. Agora pergunto, como fizeram o 12º?
Estou profundamente saturado que ouvir gente a dizer que, se alguém é realmente aplicado, não estuda,mas copia! São todos tão infelizes que êm de ver se aquele fez as cadeiras x para dizer "ichh grande cromo!". Se uma pessoa faz 2 cadeiras, em vez de lhe darem apoio, é imediatamente comentada " VÊS, VÊS?! EU TINHA RAZÃO, ELE COPIAVA!". Se uma pessoa faz as cadeirinhas certinhas é comentada porque as faz. Há um caso paradigmático e ele que me perdoa que divulgue o caso. Um gajo que antes não fazia cadeiras fez uma data delas (e bem) para se fazer à vida. Cedo se proliferaram os comentários do género "pois, a brincar a brincar, fez 12 ou 13 cadeiras, é um cromo!". Em vez de o congratularem decentemente, fizeram logo o filme do "que apontamentos terá ele, que mais ninguém tem, para ele ter feito aquele milagre!".
Toda a gente tem de estudar à frente de toda a gente para saber que raio de meios uma pessoa dispõe. As pessoas desesperam se alguém resolve procurar o seu caminho de forma independente. "A susana não faz mais nada da vida senão estudar", muito se afirmava. Irónico que, o que mais fazia com a susana, era sair e sair e sair. Antes de ser licenciada em química, a susana era doutorada em Licor Beirão no arroz doce.
Como conseguia tudo com muito menos esforço as pessoas cedo criaram o filme do "ela tem coisas que mais ngm tem e como o renato anda com ela e fez as cadeiras todas, é do mesmo role"...
A tudo isto se chama frustração. frustração de não poderem fazer as coisas por si, de se fingirem vividos e vividas, ams depois são os pobres coitados que se põem offline no msn a controlar quem anda por lá e quem bloqueia com mails alternativos.

Depois também há grandes mistérios de "lobos da noite". Os lobos da noite surgem, desaparecem e, miraculosamente, surgem no momento em que o renato está para fazer anos. Juntando a isto as belas doses de "ohh, n sei o que está lá escrito" e "não sei de nada", o filme é hilariante.
Ai que o curso vai fechar, dizia o Renato, a ver se as pessoas se mobilizavam conta "tal feito". Cedo se propagou o "já sei, o Renato fez o favor de monopolizar o discurso...". Minutos depois "olá estás bom?!?!?!". O discurso foi tão monopolizado que um mÊs depois o monopólio foi, oficialmente, descoberto. É verdade, porque raio o lobo nunca mais apareceu?!

Tudo serve para cochicho, tudo! Se não há, inventa-se! Se não há apontamentos giros e fofinhos, ficamos todas amigas da gaja a quem nós chamavamos de puta e tirava dúvidas de AQI sem pedir licença e sem dizer obrigado! "Puta, vaca da merda", "Um dis vou-lhe ao focinho", "Odeio aquela gaja, que nervos". Um semestre depois ouve-se "ò és tão gira, vamos para casa juntas, vamos apanhar o metro juntas, tens apontamentos bué fixes, vamos almoçar juntas!". "Haa ela não é tão má pessoa assim". Foda-se, poupem-se e poupem-me!

Não estou a afirmar que tenho a razão, nada disso. Simplesmente não me vendo a troco de umas bujigangas. Não vendo tudo o que disse e tudo o que fiz para acompanhar as minhas amigas no mergulho de um poço.
Chama-se a isto princípios e uma pinta de vergonha na cara.

"Eu não sei o que tenho para elas agora serem minhas amigas!" LOLOLOLLL! priceless!

Um conselho a todos e a todas. Do altar dos peneirentos a LQ caíu. Salvem-se enquanto puderem! Deixem-se de armar em gurus, sabichões, inteligentes, espertas e espertos. Até hoje, na LQ, só passaram 5 químcos dignos desse nome. Um deles está no curso, o outros já estão na sua vida. Aos restantes, como eu, comam muita sopa e lembrem-se que, infelizmente, não são nada mais nada menos que os outros que tanto criticam.

Tenho realmente pena de ter gasto parte da minha vida convosco.
(escrito em cima do knee e não estou para retocar o texto. se n percebem, paciência).
ps- o material, tal como circulou para vós, também deve circular para os demais.
ps2- deixem as que já estão em paz no seu estágio e vidinha de trabalho. Paraalém de não se poderem defender, nem sequer sabem do que vocês apregoam.
ps3-No fim disto tudo a tatiana, que foi a EXCLUÍDA MOR, é que teve a sorte grande.

beijinhos

9 comentários:

maria 3a disse...

epah, és tão agressivo! LOL
LQ foi ao fundo, mas, só porque há pessoas que são más (como em todo o lado), não personalizes o curso e não digas que ele é mau, que ele não tem culpa, coitado... lol
inspira, expira! vivam as férias =P

Renato disse...

ufff, ufff, uffff, ufff! LOLLL ;)

Anónimo disse...

In italy there's the Godfather.
In portugal there's "the Tatyanne and her god-daughter"...

Anónimo disse...

LOLLLL

RK disse...

devo dizer que foi através da susana k conheci o licor beirão a 60 cents no arroz doce

fã do absinto no entanto

Renato disse...

malaico, absinto é muito agressivo. lol

miss_rochinha disse...

Saber que ainda ando pelas bocas do IST deixa-me quase orgulhosa... Não fossem as razões de tais comentários fruto da inveja alheia.

Meus amigos e minha amigas, colegas e ex-colegas, aqui me confesso. Eu estudei nos 4 anos que andei no IST. E muito. Serviu para ter uma bolsa de doutoramento no papo e agora estar a viver descansadinha da vida. Mas mais que estudar, vivi. Como um amigo me disee: tu viveste na universidade tudo o que podias viver. Noites sem dormir foram muitas, ora a estudar ora a curtir. Amigos sabem bem as aventuras de apanhar comboios em coimbra às 5 da manha p ir à aula das 9. Assim como sabem dos dias a fio a estudar mecanismos (BUH). Não tenho apontamentos mágicos, não me fechei num quarto, não enchi sacos azuis.
Da LQ tenho pena pelas pessoas que são realmente boas pessoas e que ficam diluídas nas cusquices. Tenho pena de que se inveje tanto e se aprecie tão pouco. Tenho pena que não se recorde também as grandes amizades que temos que agradecer ao ist. Tenho pena que se fale nos inimigos mais que nos amigos. Tenho pena que falem de mim porque "era" croma e não pelo meu riso descomunal.

Aos que por aí andam tenho pena que não saibam o que é viver na universidade em todo o que se pode viver. E que não saibam RIR!

Renato disse...

E eles também não sabem o que é levar japoneses a ver as marchas com aquela escumalha! LOLOLLL

Está prometido, vou à bélgica. ja tenho o guito pra a viagem :) Só flta o gajo pagar o serviço que fiz (agora n vou especifiar o serviço que foi feito, lol).. BBRÓXELAS, SE PREPARE!

Como Estás disse...

Para mim o maior problema dos frequentadores do curso LQ é chamado Inércia!

Associado a isto, surgem frustrações que provocam uma série de reacções, entre as quais se incluem os desgradáveis cuchichos.

Esta mesma inércia, neste caso dos professores e dos alunos, permitiram a extinção do curso.

O que falta aos que restam neste curso é um "boost", um Red Bull na vida!

Fiquem Bem!