
Neste dia de desfile caloiral o Natos, para além de cansado e dos pés esfolado, está um pouco estranho. O Natos anda melancólico, saudoso e assim chega a hora de o Natos ouvir fados, fados e mais fados.
Há uns dias, na FNAC, comprei os dois volumes do "The art of Amália Rodrigues" e, se antes achava que Amália era só uma voz interessante, agora penso que a mulher era um génio. Soube rodear-se do bom e do melhor e cá temos estes dois volumes e muitos outros testemunhos de quão poderosa é a herança deixada por esta GRANDA MULHER!
Algumas canções toda a gente conhece (ou devia conhecer). Aqui não vou dar destaque ao "Barco Negro", ao "Vou dar de beber à dor" (das canções mais cómicas que ouvi), nem à fabulosa "Havemos de ir a Viana". Aqui, sim, queria destacar um tema que não conhecia, porque Amália é muito mais que os êxitos, Amália é também feita por fados como este "Abandono", mais conhecido por "Fado Peniche", um dos fados que mais fundo me bate, no músculo que bate sem parar. Tiradinho do 2º Volume, com uma capa que tem uma Amália que está bem comestível O_o, este fadito teve problemas com a sodona Pide como podem ver pela letra:
Por teu livre pensamento
Foram-te longe encerrar
Tão longe que o meu lamento
Não te consegue alcançar
E apenas ouves o vento
E apenas ouves o mar
Levaram-te a meio da noite
A treva tudo cobria
Foi de noite
Numa noite
De todas a mais sombria
Foi de noite
Foi de noite
E nunca mais se fez dia
Ai dessa noite, o veneno
Persiste em me envenenar
Ai sou apenas o silêncio
Que ficou em teu lugar
Ao menos ouves o vento
Ao menos ouves o mar
E Viva Amália! E Viva Peniche!
2 comentários:
Pronto... Não devia ter gozado com o José, LOL!
mwahuauhahuahuauh
aprecio amália. aprecio sim.
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