segunda-feira, 17 de julho de 2006

Estava eu a ler umas coisas que tinha escrito, em tempos idos, quando encontro, num pedaço de papel higiénico, algo que já nem me lembrava que existia. Pensava que o papelucho tinha sido queimado como tantas outras coisas da minha "pré-adolescência" e "adolescência", mas não. Como toda a merda que se agarra ao papel higiénico, este resistiu e está aqui bem cheiroso. Curioso foi o facto de me ter lembrado do exacto propósito deste papelucho, o dia e, com menos precisão e exactidão, a hora. Hoje, que o reli, achei-o bem talhado ao meu estado actual:

É estranho. Quando nada o faria prever; quando me julgava, para sempre, abandonado a esse pobre - mas saudável lamento - que é a solidão; eis que me surge, novamente, esta vontade estranha de querer reclamar, como meu, um corpo que não conheço; sentir a urgência de satisfazer e acalmar os meus eternos novos desejos; esta vontade de querer possuir, conhecer, explorar, desvendar e assaltar tudo que seja teu, para que tudo o que seja teu, também meu possa ser.
Parece-me que; estranhamente, quando nada o faria prever, quando me julgava, por uns instantes, votado a esse saudável lamento que é a solidão; me sinto apaixonado... Apaixonado… Pelo mesmo...


(a ver se a puta do teclado portátil não faz das dele, hoje)

3 comentários:

Anónimo disse...

N devias ter ido pó técnico. a quimica estraga o poeta k ha em ti! hihi Kisses Diana!! ********

e a agr... km e?! :p

Anónimo disse...

devias ter ido para a faculdade de belas-artes. depois suicidavas-te, que aquilo é muito deprimente.

Anónimo disse...

Perdemos um mediano escritor, mas ganhámos um grande químico! O anúncio era qualquer coisa deste género, não era?!

Danny, el perro