Regresso

Antes sequer de vos cumprimentar, escrevo que simplesmente não me apetece falar nas minhas férias. Foram boas, maravilhosas, até. Fartei-me de andar a pé - a fazer os percrsos do Parque Nacional da Peneda Gerês e afins. Cheguei a ver um lobo e uma víbora o que, claro, não é pra todos. O lobo deu de frosques mal sentiu a presença humana e ao pé da víbora, como é óbvio, não me aproximei eu. Com isto quero dizer que não tenho fotos desses raros animais, por isso, não mas peçam, já ando farto de dizer o mesmo.

Este post nem é bem um regresso, é mais um retrocesso.

Não sei porque raio, mas apetece-me relembrar os meus amigos, especialmente aqueles que já não tenho qualquer afinidade ou contacto (o maximo será o contacto visual acompanhado com uma boa dose de desprezo...)

Vi, de relance, um amigo com quem me dava realmente bem antes de ter entrado no 10º ano. Não foi a primeira vez que o vi desde então, mas desta vez a minha sensação de pena agudizou-se e tornou-se quase perceptível para a velhota que, para meu espanto, comprava a BLITZ logo ali ao lado.
O gajo simplesmente está bronco, parvo e custa-me a acreditar que antes tenha tido tanta coisa em comum com ele.
O problema é que, para além dele, muitos outros que entretanto tenho visto, despertam o mesmo sentimento de pena e de desolação. Honestamente fico tristíssimo; não por ter deixado de falar com eles, mas sim triste por eles estarem como estão... E hoje desato eu a ver uns profiles de hi5 e vejo muitos outros colegas de infância e sinto o mesmo, o mesmo e sempre o mesmo mesmo.
De todos os antigos "compinchas", acho que o que se diferenciou mais fui eu, já que todos os outros continuam com as suas reuniões às quais eu, antigamente, participava. Sinto-me a anos-luz deles, sinto que há uma barreira intransponível, qual barreira que determina as especiações das espécies... Sinto-me eu"homo sapiens sapiens" e sinto-os "Burrus Burridae" Vejo o tempo que passou e as diferenças... E sim, fui eu que outrora me despeguei deles, sem saber bem o motivo, mas hoje senti - e ainda bem que senti!!!- as evidências a gritar - JÁ NÃO ÉS UM DELES!

Olho hoje para os meus amigos actuais e sinto que o mesmo se vai passar com alguns. Um já se foi porque as diferenças tornaram-se insuperáveis e sinto que, aos poucos, me estou a despegar deste meu actual pradigma "de amizade". Sinto mesmo que, por vezes, não me compreendem na totalidade, que começo a estara mais e depois quando o comentários do género "Ahhh O renato está mais calmo" , ou "O Renato finalmente cresceu um bocadinho da mioleira", se fazem ouvir, eu sinto mais uma brecha a abrir, essa brecha que, com certeza, me vai levar estes amigos que eu tenho agora...

Também sei que o meu futuro próximo, daqui a uns dois anos, me impedirá de me dar na totalidade ao que tenho agora. A realidade que está para vir não é compatível com o que agora tenho e por isso é que ela ainda não veio; porque eu ainda não senti o momento certo, aquele momento iluminado de dizer adeus, e seguir o meu caminho...

Espero que me engane, mas o Cavaco que há em mim diz "“eu nunca me engano e raramente tenho dúvidas”...

Isto foi escrito em cima dessa coisa que se chama joelhos e está confuso e está Renato....

My god...

ps- agradeço a bela receptividade que as fotos da ana malhoa tiveram no público! :) É Gratificante saber que tanta gente me viu mas mamocas e os azulejos!

Bem Hajam e vivam as aulinhas!